Praticamente 300Km separam Singapura da pequena cidade de Malaca, na Malásia. Sempre a andar, em auto-estrada. Pouco menos que a distância Lisboa-Porto. Autocarros confortáveis que partem todos os dias, a toda a hora. Uma cidade cheia de história, da Nossa História, uma cidade já tão visitada por Portugueses. Então, porque não ir? Porque não re-descobrir Malaca? Porque não sabermos em pessoa o que restará ainda da influência dos descobridores Portugueses? Foi o que fizemos.Um fim-de-semana é o ideal para visitar Malaca. 2 dias relaxantes, saboreando calmamente o bairro antigo, pequenos museus, restaurantes, e ainda com tempo para dar um saltinho às zonas comerciais. Apanhámos um autocarro sábado de manhã para a Malásia. Depois de chegarmos a "Melaka Sentral", a estação de expressos deles, apanhámos um outro autocarro local, BEM LOCAL por sinal, uma autêntica máquina torradeira ambulante antiquíssima, mas que lá fez o seu trabalho, que era pôr-nos bem no coração da cidade. Reparámos logo que seria uma cidade relativamente pequena e até pacata, bem longe da confusão da Ásia. Descemos numa paragem central, e deparámos-nos com um moinho rodeado de um jardim cheio de flores, ao pé de um canal que mais nos fez parecer que estávamos numa pacata cidade Holandesa! É claro que acordámos logo para a realidade assim que ouvimos o som "techno" (?!?!) foleiríssimo vindo de uns riquexós folclóricos, todos coloridos e cheios de luzes, destinados a levar a passear turistas (desesperados com certeza).Começámos então a explorar as 7 maravilhas de Malaca:
1ª Maravilha de Malaca: Bairro Chinês. Estando estrategicamente localizados a 1 minuto do centro do bairro chinês, explorámos bem as suas ruas estreitas. Quase sem trânsito, prevalece o seu pacato comércio local, pequenas oficinas, templos lindíssimos em cada esquina, uma mescla de cores e uma harmonia espantosa, em termos de arquitectura. Nada de prédios altos a destoar os edifícios rasos, bares e restaurantes na sua avenida principal. À noite o bairro mostra todo o seu esplendor, literalmente todas as casas estão iluminadas com luz de um tons vermelhos, alaranjados, rosados. As poucas ruas que não são iluminadas são seguríssimas. Juntando a isto as noites quentes, obviamente fizémos alguns passeios por este bairro.
2ª Maravilha de Malaca: Porta de Santiago. A Porta de Santiago, é das construções europeias mais antigas de toda a Ásia. Não é nada de oponente, mas é o que resta da antiga fortaleza Portuguesa, chamada "A Famosa", erguida pouco depois de 1511, depois da conquista de Malaca, que na altura era um sultanado. Sobreviveu às sucessivas investidas dos Holandeses e mesmo depois da expulsão dos Portugueses em 1641 continuou intacta até 1806. Data em que já sob o domínio dos Ingleses, foi infelizmente ordenada a sua demolição. Quem diria que foi exactamente o fundador de Singapura que salvou esta fortaleza da sua destruição total? Como era um grande amante da História, e estava de passagem em Malaca em 1810, foi ele quem impediu a destruição da porta de Santiago!
3ª Maravilha de Malaca: O incrível homem dos dedos de ferro!Sim, não é iron-man 2! É algo muito melhor! É um senhor já avô que apenas com um microfone, e duas colunas, um coco e os seus dedos conseguiu reunir uma multidão de seguidores à entrada do bairro chinês! Quais fãs de heróis de banda-desenhada, este homem conseguiu durante uma hora cativar meros mortais (como todos nós) a testemunharem os seus super poderes! Com apenas 2 dedos conseguiu furar um coco enquanto muito possivelmente algumas carteiras andavam a ser palmadas pois estavam todos especados a olhar para aquele feito.Lá tivémos alguma paciência e filmamos o acontecimento!
4ª Maravilha de Malaca: A nau Portuguesa - "Flora de la Mar".Vimos uma imponente reconstrução de uma nau portuguesa, a "Flora de la Mar". Pois. O nome parece mais em portunhol (mas era o português falado no séc. XV), mas o barco era bem Português. Pode-se entrar por um preço simbólico e ver este museu, que por dentro documenta as várias ocupações da cidade de Malaca, com uma parte significante alusiva à História da conquista Portuguesa. Foi um orgulho passear pelo museu e saber como a cidade de Malaca mostra a todo o mundo a sua História, e Nossa também!
5ª Maravilha de Malaca: Mercado Nocturno da cidade.Como não poderia deixar de ser, à noite a cidade tem um mercado, pelo que a rua central do bairro chinês fica animadíssima, em toda a sua extensão. Todas as lojas da cidade expõem os seus artigos, desde roupa e acessórios, a peças de artesanato e bijouteria, artigos para todas as necessidades, comida e bebidas locais. As ruas enchem-se de pessoas, luz, alegria. E lá fomos gastar mais uns trocos também ;)
6ª Maravilha de Malaca: A gastronomiaPak Putra - Um restaurante Indiano perto na futura zona da marina da cidade. Um must para quem passe por Malaca, um pão (naan) divinal, feito na altura, e comida e recheios deliciosos!Capitol of Satay - Espera-se 1 hora numa fila ao pé da estrada para se entrar porque o sítio é super concorrido! Basicamente é um fondue de carne, vegetais, e frutos do mar variados onde se tem uma mistela de amendoim a ferver na mesa e faz-se a comida à medida que se come. O sabor é dívinal!!! E vale muito bem a espera. Para quem não está com pressa é concerteza um sítio a experimentar!
7ª Maravilha de Malaca: Bairro Português. Disseram-nos que um pouco fora da cidade existia um antigo bairro Português, acessível de autocarro local ou taxi. Pusemos-nos a descobrir e encontrámos uma espécie de... coisa portuguesa ehehe. A ver: 2 ruas com nomes portugueses (uma delas Teixeira, a outra já não nos lembramos) e um restaurante e um hotel chamados os 2...Lisboa. Acabámos por almoçar nesse restaurante, o único prato (com origens supostamente) português e conhecer um senhor já de idade com nome português e que ainda falava português! Descobrimos que eles celebram o S. João e o Santo António! Estamos a pensar lá voltar nessa altura :)Apesar de ainda manter muito a sua tradição e vestígios históricos, Malaca, é também uma cidade em desenvolvimento. Não foge aos grandes empreendedimentos imobiliários e em breve terá mais um centro comercial na zona da marina. Possui bastante entertenimento e é sem dúvida um sítio a voltar a reconquistar!
A descendência "Portuguesa" do bairro :)
Rua "Texeira" no bairro Português
(À esquerda) A atracção principal dentro do palácio do Sultão em Malaca numa sessão de fotografia com crianças de uma escola local.
(À direita) "A única parte que resta da Antiga fortaleza de Malaca construída por Afonso de Albuquerque..."
Passaram-se já 3 meses desde que decidimos "fazer de conta" que viemos para cá. Singapura. "Porque é uma localização perfeita para quem quer descobrir esta região, poder comunicar facilmente através do Inglês e economicamente é um pólo de referência da Ásia, e até a nível mundial". Sim, é este o chavão que pregamos assim que nos perguntam: "Mas porquê Singapura, porque decidiram vir para cá e não para outro sítio no mundo?". É claro que o pensamento do nosso dia-a-dia não é tão cliché ;) Neste momento, saboreamos as coisas mais simples. Passados 3 meses, sente-se já um cheirinho a casa, aqui por estes lados. Começamos a habituar-nos a pequenas rotinas, às pessoas, a ir ao supermercado fazer compras, a sair, a viver o dia-a-dia. Tem sido impossível fazermos uma actualização constante de todas as experiências que por cá temos tido. Mas afinal de contas, o que se tem feito por cá mesmo nestes últimos meses? Em 3 meses quais são as pequenas curiosidades / situações / pormenores, cenários com que nos deparamos e caracterizam o nosso dia-a-dia? Aproveitamos este post para vos actualizar:
Mudança de apartamento Pois é, apesar de terem-se passado somente 3 meses, já mudámos de apartamento. Neste momento estamos localizados numa zona muito mais central da cidade, chamada Lavender, ou Lavanda, em Português. Não cheira a lavanda mas é muito conveniente para poder chegar a muitos pontos de interesse. Inclusivé a pé chega-se em 5 minutos à zona de Little India que já conhecem de um post que fizémos anteriormente, Uma amostra da Índia em Singapura; estamos igualmente perto de Bugis, que proporciona mais animação, com centros comerciais, cafés e restaurantes, uma feira local, a biblioteca nacional e um cenário mais citadino. Imaginem só que é aqui que está o edifício Parkview Square Building, o célebre edifício usado nas filmagens do filme Batman! Pusémos uma imagem aqui só para vos relembrar! Este edifício era suposto ser um hotel, mas tornou-se um centro de escritórios. Imaginem só o que será trabalhar aqui todos os dias. A entrada é magnífica, com estátuas de célebres da história, como Lincoln, Mozart, Aristoteles, etc... Um edifício mítico sem dúvida. À volta de Lavender existem mais escritórios e pequenas empresas, se bem que é ainda uma zona residencial. Temos mesmo em frente o estádio de Jalan Besar onde 1 a 2 vezes por semana é palco de jogos e onde temos oportunidade de vez em quando ouvir os gritos de golo. Esta área também proporciona zonas de lazer, ou onde se pode praticar exercício físico, como o clube da comunidade Jalan Besar, no qual por um preço simbólico se pode ir ao ginásio, ter aulas de artes marciais, ou até aulas de culinária local. A poucos minutos está também um parque, que se estende pelo rio e onde se pode correr e em 12-15min chegar quase ao centro da cidade (a correr claro). Ainda bem perto está também a Arab Street, ou rua Árabe, onde se nota a influência muçulmana, com algumas mesquitas e escolas locais. Uma área que proporciona pequenos esconderijos gastronómicos muito interessantes! Estamos convenientemente localizados perto do metro, por isso, se quisermos ir para mais longe, é rápido ;). Neste momento vivemos numa casa com um casal Indiano-Ucraniana e com mais um Bósnio que tem passado quase toda a sua vida na Suécia. Uma "família" bastante diversificada e que nos tem proporcionado serões muit animados. Alguns bares em Singapura Já tivémos oportunidade de explorar algumas zonas de bares em Singapura, mas desta vez a partilhar três deles, mais pelo tipo de experiências que nos proporcionam.
The Mind Cafe - um bar / café / restaurante situado na zona de Boat Quay (na imagem), mais propriamente na margem direita, onde existem vários restaurantes e bares. É um bar muito calmo, onde oferece uma quantidade espantosa de jogos de tabuleiro desde os mais conhecidos, como damas, xadrez, monopólio, risco, pictionary até muitos jogos que não conhecemos. Muito divertido e garantidamente um serão bem passado para por quem lá passa. Organizámos já um encontro por lá com alguns amigos e adorámos. Esta zona é uma das mais turísticas de Singapura (Boat Quay, Clarke Quay), mas ainda assim tem bastantes cantos e recantos onde se podem encontrar sítios como este. Na imagem, estes bares são os prédios baixos, na margem do rio, com o cenário por trás do distrito financeiro de Singapura.
Union Square - Este é um bar de Salsa, também numa zona bastante central da cidade. É um bar relativamente escondido, já que está no último andar de um centro comercial antigo, onde apenas se consegue lá chegar por um elevador também não muito convenientemente localizado. Depois de pedirmos indicações várias vezes a algumas pessoas de como lá chegar, experienciámos um dos melhores bares de danças latinas da cidade. Tem uma banda cubana a tocar canções de salsa, merengue e bachata, e tem uma pista para se dançar. Ficámos admirados com a perícia dos locais a dançar. Ainda que não muito latinos, demonstram uma técnica muito apurada e convidam facilmente as raparigas a dançar. O bar é bem moderno e vale a pena lá passar. 17 dólares de entrada com direito a 2 bebidas, bastante bom para os amantes das danças latinas.
Nabins - Outro bar bastante relaxante e bom para quem quer passar o serão na conversa. Mencionamos este bar porque temos ocasionalmente tido alguns eventos de um grupo de amigos muito interessante, que organiza discussões diversas sobre alguns temas da actualidade. Esse grupo chama-se ProAction Cafe, e daí temos conhecido no geral as pessoas com quem mais nos identificamos e temos mantido contacto. É assim a vida em Singapura. Conhece-se mesmo muita gente. É uma cidade muito animada e onde as pessoas estão muito predispostas a conhecer novas pessoas.
Experiências gastronómicas O Durian. Sim, um terror para muitos. Exala um cheiro nauseabundo, enjoativo a tal ponto que é explicitamente proibido em transportes públicos e locais fechados. Em Singapura, o país das multas, o Durian não poderia ser excepção e para quem infrinja esta lei, é no mínimo expulso dos locais e em alguns casos pode ter que pagar coima. É assim este fruto. Com um tamanho de um pequeno melão, aspecto espigoso por fora, e por dentro com umas sementes com uma massa à volta que se assemelha em aspecto e textura a queijo derretido, é uma iguaria saborosa para bastantes locais, e intragável para a maioria dos "camones", ou seja pessoal de fora. Qual foi a surpresa das surpresas? O Sr. Tiago tinha que provar e... ADOROU! Pois é! Passada a fase de choque do cheiro, onde o nariz literalmente fica insensível ao cheiro, apenas resta o paladar. E de facto este fruto é saborosíssimo! Mas atenção, muito diferente do que poderá estar-se à espera. A não ser que queiram aproveitar a dica para se prepararem: parece queijo derretido. Experimentámos também outra iguaria local, as pernas de rã. Sinceramente, nada de extraordinário. Diz-se que sabe muito a galinha. Achámos que galinha sabe bem melhor. Até estranhámos alguma falta de paladar da carne de rã, muitas vezes acompanhada por uma molhenga à base de soja para lhe dar sabor. É uma carne algo fibrosa, por isso passado algum tempo pode-se ter uma sensação ligeiramente desconfortável entre os dentes. Mesmo assim, passa o teste. Não achámos uma experiência magnífica, e muito mais provavelmente haverá uma nova experiência de Durian do que de rã.
A organização Quanto mais tempo passamos por cá, mais nos apercebemos e mais histórias ouvimos de que realmente Singapura é uma máquina engenhosamente criada, que funciona muito bem. A cidade é organizada, as zonas verdes cuidadosamente planeadas e por isso abundantes no cenário citadino. Se um arranha-céus de 50 andares já tem 15 anos e já não se adequa a uma certa zona da cidade, pois então deita-se abaixo e substutui-se por uma obra arquitectónica muito mais moderna. A cidade não pára. Seja na construção de novos edifícios gigantescos até ao mais pequeno dos pormenores como um buraco na estrada, numa questão de dias já lá não estará. Se um dia verificarem um trilho num relvado desgastado porque as pessoas sentem a necessidade de passar por esse local, e se passado uma semana esse trilho for substituído por uma calçada, não se admirem. É assim que Singapura funciona. Uma cidade constantemente atenta e pronta a melhorar no que toca a infrastruturas. Queixam-se muito ainda das filas de trânsito (tipo 10 minutos parados no trânsito). O que se calhar não sabem é que na Europa e já para não falar noutros sítios como América do Sul é bem pior. O país está neste momento a tentar ainda travar o excesso de carros que existe, através de impostos e licenças muito caras para os condutores. Ainda assim investem na construcção de túneis gigantes para melhorar a circulação. Crime? Muito baixo. Em sítios como o metro passam vídeos constantemente de alerta ao cidadão para observar comportamentos estranhos dentro do metro ou fora. A segurança pública é um tema constante. A lei é eficaz e os processos judiciais demoram muito pouco a ser resolvidos. Qualquer decisão que o governo toma, é rapidamente executada e vêm-se imediatamente as consequências disso. É isto que ouvimos das pessoas, das empresas. As pessoas e a cultura Bem, o que dizer deste capítulo? 3 meses dá apenas para perceber algumas coisas superficiais. Pormenores. E é de pormenores que vamos falar:
Arrotar em público: Uma prática bastante comum. Arrotar na biblioteca? É como respirar. Só falta haver concursos de arrotos na igreja.
Fazer barulho ao comer: Aparentemente, e pelo que já tínhamos ouvido falar, quanto mais barulho se faz, maior é o sinal de agrado em relação ao sabor da comida. Pois, são capazes de pensar que os Europeus detestam a comida local...
Inglês: Falar Inglês no ambiente de trabalho? Se o caso for uma empresa local, então é melhor esquecer o assunto. Entre falar chinês e Singlês (que é como eles chamam ao inglês deles) venha o diabo e escolha. Já aconteceu em ambiente de reunião não perceber 50% do conteúdo desta. Mesmo tendo perguntado por várias vezes "Desculpa, podes repetir?". Sim, e a reunião era em "Inglês"... criolo.
Segregação:Extremamente evidente, a separaçãoprincipalmente entre a cultura chinesa e a indiana. Há uma separação a todos os níveis: É raríssimo ver um casal misturado chinês / indiano. É raro ver chineses viver com indianos. Na empresa onde me encontro (Tiago) não há um único indiano. Em empresas de origem indiana onde tive entrevistas raramente tenho visto chineses. Vimos na rua, em pleno food court (restaurante local) reuniões entre chefes chineses e empregados indianos, que discutem de uma forma condescendente. Enfim, é uma realidade evidente não só para nós, mas também dos testemunhos que temos tido de estrangeiros por cá. Ainda assim, há excepções. Regra geral, singaporenses, indianos que tenham tido experiência fora da região não se comportam desta forma.
Dentes: No outro dia, no metro, deparámo-nos com um local que ria-se desalmadamente no metro, ao ver um anúncio num placard que mostrava uma rapariga vestida à miss mundo, muito vistosa, condecorada com a sua coroa, que sorria para a câmara. Ostentava no entando uma boca com os dentes completamente podres, de uma ponta à outra. Este e outros anúncios do género têm sido postos na rua para sensibilizar as pessoas a tratar da sua dentição e dos seus. É muito frequente encontrar pessoas que se descuidam completamente neste aspecto, infelizmente. Queixam-se do preço dos dentistas face a outras especialidades médicas, e tal como em Portugal, a maior parte dos seguros não inclui esta especialidade.
Cortesia: Em alguns aspectos notam-se sinais de cortesia muito fortes que perduram mesmo nas gerações mais novas. É frequente, quando um empregado de um bar entrega o talão da conta, fazê-lo sempre com as duas mãos. Normalmente só usamos uma mão para entregar qualquer coisa, certo? Aqui é sempre com as 2 mãos. Se estamos numa reunião de negócios e vamos entregar o nosso cartão (a propósito aqui TODA a GENTE tem CARTÃO DE NEGÓCIOS!!) é bom que o façamos com as 2 mãos. Entrega-se e recebe-se o cartão com as 2 mãos. Em alguns casos, os locais baixam inclusivé a cabeça em sinal de vénia.
O consumismo de Singapura: Filas nas lojas da Luis Vuitton. Ar Condicionado a tranformar os inúmeros centros comercias da cidade em quase arcas frigoríficas. Iluminação ostentosa dos edifícios durante a noite. Um pacato bairro local tem centenas de lojas locais mas está a mais de 1 Km do próximo centro comercial? Sem problema, contrói-se um centro comercial novo de 4 ou 5 andares para animar a malta. Taxas altíssimas para quem conduz? Ainda assim há bastantes carros em Singapura. Álcool caríssimo? Ainda assim consome-se muito nos bares. Bem, Singapura tem sim, o seu lado consumista. Não há ainda muita sensibilização para questões ambientais, como a separação do lixo (já se vê, mas ainda muito pouco) ou poupança de energia.
As festividades e os feriados: Tão intercultural que acabam por se celebrar os principais feriados sejam da cultura budista, hindu, muçulmana. É frequente até, se um feriado calha num fim-de-semana, que a maioria das empresas dê a segunda-feira seguinte, ou a sexta-feira anterior aos seus trabalhadores. E mesmo que não se trato de feriados, mas comemorações das culturas mais fortes no país (falando da Commonwealth), festeja-se mesmo o St. Patrick's Day da Irlanda. Tivémos oportunidade de assistir infelizmente já ao fim da parada, com músicos pela cidade, que acabou ao pé da zona de bares (previsível), nomeadamente de bares Irlandeses.
Enfim, a cidade tem os seus prós e os seus contras - assim também o é em outros locais do mundo. Ainda assim, os pontos menos positivos não chegam para ocultar os pontos positivos. Em muitos aspectos, a cidade, o sistema funciona perfeitamente. É muito frequente ouvir isto de quem vem de fora. E é uma realidade a que realmente um estrangeiro (vulgo não asiático) rapidamente se adapta. Mesmo em tempos de crise, Singapura mostra sinais de retoma claros. Para criar família é uma cidade que oferece boas condições, espaços verdes, segurança, sistema de saúde que funciona, várias opções a nível de escolas, institutos de educação superior até de classe mundial. Começam-se a ver mais casos de estrangeiros que ficam cá por períodos mais prolongados, ao contrário do passado. Nos pormenores culturais mais sórdidos, por enquanto, para nós, dá para rir. De resto, é aproveitar a experiência o melhor que se puder ;) e por enquanto tem valido muito a pena fazer de conta que viemos para Singapura.
De volta a Singapura, apesar de tanto a explorar à volta do país, também há muito para ver por cá. Desta vez, fomos ao jardim zoológico de Singapura. Já nos tinha sido referido como uma grande atracção turística daqui, e por isso resolvemos experimentar. Existem basicamente duas maneiras de experienciar o Zoo daqui:
Uma visita normal durante o dia, pelo jardim, à similaridade do que se pode experienciar, por exemplo, no zoo de Lisboa.
Um "safari" nocturno, uma versão diferente das visitas normais, onde os visitantes, podem ver a poucos metros de distância, os animais, à solta, se bem que em perfeita segurança, como se estivessem num ambiente similar a um safari.
As más notícias é que aqui nós não fomos ao safari, mas sim à visita standard. As boas notícias é que mesmo assim valeu a pena, e um dia mais tarde poderemos-vos mostrar mais imagens de um safari nocturno :) Encontramos algumas espécies já familiares do zoo de Lisboa, mas também outras espécies diferentes, que podem ser vistas nesta região do mundo.
Ficam aqui algumas imagens da nossa visita:
(Saguinus oedipus), o Tamarim de cabeça branca, ou Pinché Tamarin, ou ainda Cotton-Top Tamarin é uma das espécies de macacos que se podem encontrar logo soltos à entrada do parque. Este se fosse azul faria lembrar uma personagem do filme Avatar :)
As araras e as catatuas também estão por cá :) Mas estas já não é preciso ir ao zoo para as ver, basta entrar nos centros comerciais que estão cheios delas :p
Com tanta foto, este não o conseguimos identificar, (as nossas desculpas), mas o giro é que este estava bem perto de um jacaré. Não fosse um zoo, e se calhar já não o víamos :O
Pois... era este que estava a olhar para o pitéu da tarde... No departamento dos animais mal-cheirosos encontrámos os castores (desculpem até são bonitinhos, mas já começavam a levar sabão sempre que entram na água...)
A imagem não foi retocada, nem é um tigre dos anos 50 a preto e branco, é o Tigre-Branco, um dos animais mais majestosos do Zoo.
Um "felino" da água, o peixe-gato.
Hipopótamo-pigmeu, os pirralhos não o largavam...
Obviamente, o departamento dos répteis e dos anfíbios também estava lá representado... Estávamos a centímetros deste canguru, acho que nunca fomos tão desprezados, não olhou uma única vez. mais fotos... Manga saborosa, yummy!
Demorou um pouco até perceber que este era um sapo...
Hmmmm...Acho que preferimos a versão do filho, é mais bonita :)
Depois do paraíso, não podiamos deixar a Malásia, sem dar um pulo à famosa capital Kuala Lumpur. No nosso ponto de vista, não é uma cidade marcante a nível de monumentos, nem de paisagem e muito menos de organização urbanística, contudo, se pensarmos em compras baratas, realmente os chamados "negócios da china", em "kandonga" ou em comida saborosa e barata então aí KL torna-se numa cidade fantástica e que contamos vir a visitar muito mais vezes ;)
Pontos altos de Kuala Lumpur:
Pajaleen Market - Mercado Chinês
Obviamente localizado no bairro chinês de KL (há cerca de 7.2 milhões de chineses na Malásia, cerca de 25% da população da Malásia), este é o mercado por excelência para encontrarem produtos a imitarem roupa, malas, relógios, óculos de sol, ténis das marcas internacionais mais conhecidas.
De malas a 2€, a roupa a 4€ e sapatos a 10€, todos aqueles produtos que uma pessoa namora nas montras de lojas como a Adidas, Lacoste, Luois Vuitton, Dolce & Gabana, Levis, aqui encontra a preços irrisórios! Claro que a qualidade também está de acordo com os preços...ehehe...mas há algumas coisas que valem a pena!
Mercado chinês à hora da noite
Mas claro, há que negociar... o primeiro preço sugerido pelos vendedores é sempre 4 a 5x mais do que o valor pelo qual ele realmente está disposto a vender o produto em questão! Mas a técnica é simples, é virar as costas e rapidamente ele começará a gritar valores cada vez mais baixos...se interessar, viramos-nos de novo de costas e fechamos negócio! São bem fáceis, estes chineses...
Batu Caves
Nos subúrbios de KL, existe um tempo Hindu bastante importante. Decidimos dar lá um pulo e vale a pena sobretudo porque nota-se que é um lugar profundamente sagrado para a religião Hindu. Os indianos vão em família, todos bem vestidos e levam oferendas para o templo.
Mas sem dúvida o mais imponente, é a estátua de quase 43 metros de altura que se encontra no início do templo, com o objectivo de guardá-lo.
Vista da entrada majestosa das Grutas Batu (Batu Caves), arredores de Kuala Lumpur, Malásia. A estátua é do "Lord" Murugan, Deus da Guerra, adorado pela religião Hindu em algumas zonas do Sul da Índia, Singapura e Malásia. De quase 43 metros de altura, guarda a entrada para a gruta no cimo da falésia.
Thean Hou Temple - Templo Chinês
Considerado o maior templo chinês da Malásia, é realmente muito bonito e colorido, especialmente agora na altura do ano novo chinês.
Inúmeros visitantes no templo Budista Thean Hou, mesmo apesar da sua fraca acessibilidade, bem longe do centro da cidade.
Mas a sensação quando entramos no recinto é que estamos nuns santos populares ou algo parecido, porque há música, todos os símbolos/estátuas são extremamente coloridas e por causa do Ano Novo Chinês, há candeeiros e papelotes pendurados em todo o lado.
Nesta altura do ano, os chineses ao visitarem os templos, fazem uma série de rituais, como oferecer oferendas aos seus deuses, e deixar velas acesas mas houve um que nos causou mais curiosidade...deixamo-vos o video que exemplifica!
E não é que as premonições eram bastante boas?! Eheheh Esperemos que estejam mesmo certas!!
Petronas Towers - Torres Petronas
Um “must” desta cidade que simboliza a modernização da mesma. As Petronas towers pertencem ao Grupo Petronas, uma empresa malaica essencialmente petrolífica.
Torres gémeas Petronas, nome dado pelo seu construtor, a empresa Petronas, a maior empresa Petrolífera em Malásia.
Além da sessão fotográfica obrigatória com as torres, é possível passear no shopping luxuosíssimo que está nos primeiros andares das torres e também passear nos jardins circundantes que fazem também parte deste empreendimento.
Estes jardins têm parques infantis (desde os típicos baloiços a jactos de água e lagoazinhas) para os míudos se deliciarem num dia de sol quente.
Só pela alegria que se vê na cara dos míudos a brincarem na água e dos pais que estão relaxados a fazer um pic-nic, o empreendimento valeu a pena porque proporciona alguma qualidade de vida aos malaicos de classes médias e baixas.
A nossa nova amiga DORA!
Rumo a mais um ponto importante da cidade, neste caso a Torre KL que também é circundada por uma reserva natural, fomos abordados por uma pequena criatura...muito interactiva, umpouco oportunista mas uma delícia capaz de encantar qualquer um...a Dora!
A Dora a atirar-se a um gomo de uma tangerina que tínhamos à mão!
Ela faz já parte da reserva Natural e ao ver-nos a beber água num bebedouro quiz também participar do festim. Como tinhamos connosco laranjas, oferecemos-lhe uma e foi aí que a nossa amizade nasceu e fortaleceu-se (até a laranja acabar, claro está =P)
Foi uma experiência super engraçada, andar com a Dora ao colo, dar-lhe os gominhos para ela ir comendo e senti-la trepar-nos pelas pernas e tronco acima como se de uma árvore nos tratássemos.
Por mais monumentos que se veja, ás vezes são estes momentos que mais nos marcam nestas viagens =)
Aqui ficam mais umas fotos da nossa aventura em KL!
Vista das Batu caves
Templo Hindu, dentro das Batu caves
Bairro da India, à similaridade de Singapura, também existe em Kuala Lumpur
Vista das Petronas e a Torre KL no início da noite
Merdeka Square - Praça da Independência em Kuala Lumpur, celebrada desde Agosto de 1957
Parque de diversões dentro de um dos maiores centros comerciais de KL, em Berjaya Time Square. O centro comercial está alojado no 5º maior edifício do mundo, actualmente, um complexo com 2 torres gémeas no centro de Kuala Lumpur (não são as torres Petronas ;))
Imagem do centro de KL, com o comboio aéreo sempre na sua paisagem.
Ainda na corrida para actualizar o nosso blog sobre a ida a Langkawi, estamos a ver se fica tudo antes do Benfica ser campeão! Então aqui vai mais um vídeo do resumo do último dia na ilha de Langkawi.
Com destaque para a viagem de teleférico que nos levou a uma altura de mais de 650 metros. À primeira pode não parecer muito, mas tendo em conta que estamos numa ilha minúscula, a subida é muito íngreme!
Aqui fica mais um vídeo de uma das ilhas à volta de Langkawi, onde se pode fazer mergulho e nadar com peixes, como tubarões (ver em baixo imagem assustadora :p) e ver corais.
Tubarão tigre bebé
Ah, pois, esquecemo-nos de dizer, nadar com tubarões-tigre bebé. São tipo do tamanho de um braço nosso até metade do tamanho de um adulto, é raro sendo tão pequenos fazerem mal a um ser humano. Esperamos que gostem do vídeo :) Se não conseguirem visualizar correctamente do blog, cliquem aqui.