quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Cheirinho a Natal...
Primeiro, ainda no outro fim-de-semana (quando não sabíamos o que fazer e resolvemos dar mais um saltinho a Kuala Lumpur), ficámos hipnotizados por uma pequena loja de Natal em plena Chinatown que vendia desde todo o tipo de enfeites de Natal, a postais da época e afins. Acabámos por ficar convencidos que já estávamos atrasados para montar a árvore de Natal e por isso resolvemos trazer uma pequenina da Malásia! Depois, Singapura: Orchard. Obviamente a rua, as lojas, os centros comerciais já estão todos artilhados para a caça ao consumidor. Mas mesmo os cafés, ainda há pouco vindo de um, com as suas iguarias tipo "Pudim de chocolate de natal", ou a "casa de gengibre do Pai Natal", e a musiquinha de Natal ambiente, estilo "Let it snow, Let is snow" de Frank Sinatra :) Até apetecia sair do café, por uns momentos meter as luvas e esfregar as mãos do frio, sentir o ar condensado da boca a sair... mas, em Singapura o único frio que se sente é do ar condicionado dentro do café. Lá fora leva-se é com uma parede de bafo quente e no máximo ouve-se o assobio de um transeunte local (confuso se calhar) de uma música de natal.
Verdadeiramente diversa Singapura, celebra-se todas as festividades por uma população local, sejam à maneira Hindu, Muçulmana ou Budista,... e também à nossa maneira, claro está. E pelos vistos o Natal por cá vai ser longo... Já só faltam 5 semanitas! :)
MoonCakes
O Mid-Autmumn Festival (festival Meados de Outono) é uma das 4 festividades chinesas mais importantes que ocorrem anualmente e coincide com a altura do ano em que a Lua atinge a sua luminosidade máxima. De acordo com um livro chinês muito antigo que aborda os rituais e cerimónias chinesas, o Imperador Chinês deve oferecer sacrifícios ao Sol na Primavera e à Lua no Outono.
Durante este festival presta-se tributo à Lua e os Mooncakes (bolos da Lua) são vistos como uma iguaria indispensável nesta ocasião e são considerados uma oferenda importante para o Deus da Terra, Tu Ti Kung.
De acordo com a crença popular, o hábito de se comer Mooncakes começou na última Dinastia de Yuan. Nessa época, sobre a pressão da Regra Mongol, criou-se um plano para destronar os mongóis. A mensagem “ Revolução no 15to dia do 8vo mês lunar” foi inserida dentro dos Mooncakes e estes distribuídos pelas famílias chinesas. De acordo com a lenda, as pessoas responderam ao pedido e os chineses conseguiram expulsar os Mongóis da China e fundar a Dinastia Ming em 1368.
Os Mooncakes assumem um papel de tal modo preponderante neste festival, que em vez de Mid-Autumn Fest, há quem chame Mooncake Festival.
Os Mooncakes típicos são redondos ou quadrados, com 10cm de diâmetro e 4 a 5 cm de altura. Actualmente há vários tipos de conteúdo mas tipicamente contêm pasta de lótus e podem também conter no centro uma ou mais gemas de ovo de pato salgadas que representam a lua cheia. Tradicionalmente, estes bolos têm impresso caracteres chineses que significam ‘longevidade’ ou ‘harmonia’ além do nome da pastelaria e indicação da pasta dentro do bolo.
Apesar de serem um pequeno bolo, a pasta é tão concentrada e pesada, que é usual comer apenas uma pequena fatia acompanhando com chá chinês. É também tradição oferecer esta iguaria como presente entre familiares e clientes/fornecedores, fazendo com que o mercado de produção de Mooncakes seja dinâmico, em crescimento e cada vez mais criativo.
Durante esta época, decorrem imensas feiras só focadas em vendas de Mooncakes, e além dos mais típicos, é possível já encontrar com outro tipo de recheios, como de frutas, chocolate e amêndoa. Uma das ultimas versões, foi lançada pela Haagen-Daz que criou um mooncake de gelado!
Nós também fomos explorar uma destas férias de Mooncakes e apesar de termos provado amostras mesmo muito pequenas, por ser um bolo tão pesado, rapidamente sentimo-nos cheios!
Mas é uma iguaria a experimentar, pelo seu sabor peculiar, a sua aparência única e pela tradição chinesa ainda profundamente viva nos dias de hoje. O frenesim de compra e negociação de caixas de mooncakes e escolha da caixa mais bonita, glamorosa, criativa, faz parte de todo este ritual. Além dos mooncakes, é de denotar, que muitas marcas atraem clientela pelas caixas onde colocam os pequenos bolos apesar de os Singaporenses nunca desmenosprezarem o sabor !
Querem experimentar um também ? Venham até cá ! :)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Casamento Chinês!
Em Singapura, os casamentos chineses são divididos em 2 partes.
A primeira parte desenrola-se durante o dia e ao qual só assistem a família mais próxima dos noivos.
O noivo vai até à casa da noiva e é obrigado (juntamente com os padrinhos) a passar uma série de desafios/tarefas, preparadas pelas madrinhas da noiva, antes de poder ver a noiva.
Depois, o casal participa na cerimónia do chá, tendo que preparar o chá e servi-lo aos membros mais velhos da família.
Posto isto, o noivo leva a noiva até a casa dos seus pais e aqui fazem também a cerimónia do chá com os respectivos familiares do noivo.
Alguns casais também aproveitam este dia para visitar algum templo, fazer oferendas e rezar.
A segunda parte do dia, é a cerimónia à noite, em que geralmente, os noivos reservam um salão num hotel e convidam todos os amigos e familiares mais distantes a participar e a comemorar com eles!
A nossa 1ra preocupação foi o presente, visto que não sabíamos exactamente o que oferecer…lá nos informámos e parece que os chineses são muito simples…oferecer dinheiro ou ouro é o ideal e é o que os noivos esperam dos convidados! O dinheiro é colocado num Ang Pau (envelope vermelho) e é oferecido aos noivos directamente ou então entregue a um familiar, que estará encarregue de receber os presentes, identifica-los e colocar na caixinha dos envelopes…
Na entrada do salão está exposto o álbum de fotografias do casal!Porque aqui a tradição é tirar as fotos algumas semanas antes da cerimónia para apresentar no grande dia. Geralmente os noivos vão ate um estúdio, alugam vários fatos e tiram fotos em diferentes cenários. Neste caso, o meu colega e a mulher além das fotos em Singapura num estúdio foram também até uma ilha na Malásia e tiraram alguma fotos paradisíacas que muita inveja provocaram nos convidados!
Mas a parte mais especial estava para vir…o inicio da refeição!Os Singaporenses têm uma atracção tão grande por comida que esta é uma parte essencial do evento…a tal ponto que depois de todos estarmos sentados e recebermos os noivos na sala, as luzes apagam-se, faz-se silêncio, as portas abrem-se e entra um equipa de empregados muito coordenados a carregar os tabuleiros luminosos com o 1ro prato da noite ao som de uma musica bem dinâmica!!! Um verdadeiro espectáculo!
A refeição é composta por 8 ou 9 pratos, visto que estes números além de ostentarem quantidade/riqueza (nem em casamentos portugueses temos tantos pratos!), têm significados especiais em Mandarim, o 8 significa prosperidade e o 9 significa longevidade.
Todos os pratos eram deliciosos e muito variados. Qualquer casamento tem que ter ingredientes caros como marisco ou tubarão.
Durante a refeição, foi feito um brinde com todos os convidados. A palavra proferida significa Yam Seng,significa "cheers" mas também "beber para ter sucesso" e quanto mais tempo for prolongada, mais sucesso trará ao casal, por isso é um brinde que dura looongos minutos !!
Durante a cerimónia, os noivos trocaram de roupa 3 vezes, no inicio tinham trajes estilo ocidentais, depois trocaram para vestidos de cerimónia e no final colocaram outro fato de cerimónia para se despedirem dos convidados.
É uma festa muito mais curta, dura em média umas 4 horas, visto que não há mais nada para além da refeição…nem dança, nem espectáculos, nem fotografias com os noivos (de uma forma formal como em Portugal) mas é não deixa de ser um grande evento e uma boa oportunidade para experimentar alguns pratos locais .
Aproveitamos aqui para desejar muitas felicidades ao Bruce e a Cathy!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Mês dos fantasmas
Durante este mês, as portas do inferno abrem-se e os fantasmas são livres de invandir a terra e procurar comida e entertenimento!
Por isso durante este mês várias actividades são organizadas, tais como:
· Oferenda de comida e vários objectos pessoais (feitos de papel), que são posteriormente queimados em frente às casas e empresas para satisfazer os falecidos.
· Preparação de refeições vegetarianas elaboradas, colocando-se mais lugares na mesa consoante o número de falecidos que há na família, tratando-os como se ainda estivessem vivos!
· Organização de espectáculos nos bairros habitacionais para todos assistirem, com música ao vivo, e espectáculos de ópera chinesa. A primeira fila de lugares no público está reservada para os fantasmas. Estas festividades ocorrem sempre de noite e com o som no máximo, porque acredita-se que o som atrai e satisfaz os fantasmas.
O 7mo mês não é um mês auspicioso por isso deve evitar-se sair de casa à noite, casar ou mudar de casa neste período e há mesmo casais que fazem as continhas para evitar dar à luz nesta altura!
As gerações mais novas já não seguem religiosamente todas estas crenças e rituais mas há sempre um ou outro comportamento que é condicionado neste mês…
Curiosamente, na China, especialmente nas áreas urbanas, já não é possível assistir a estas celebrações. Muitas das superstições e práticas tradicionais foram banidas durante a revolução cultural, entre 1966 e 1976, porque os Comunistas consideram-nas símbolos da China Feudal…
São sobretudo as comunidades chinesas presentes em outro países asiáticos que mantêm estas práticas religiosas.
Eu tive a oportunidade de assistir a uma celebração na minha própria empresa! O meu chefe faz questão de preparar as oferendas para os falecidos por uma questão de respeito mas também porque se acredita que isso trará sorte e fará o negócio prosperar e fluir naturalmente.
No 1º dia do 7mo mês, toda a equipa saiu para a rua. Colocámos incenso na entrada da empresa, colocámos frutos e especiarias como oferenda e queimámos diferentes tipos de papéis que simbolozavam riqueza e roupas (notas, moedas, barras de ouro, roupa, papéis com rezas).
Em casa, os Taúistas e Budistas, fazem o mesmo ritual mas geralmente queimam papéis que simbolizam produtos pessoais, tais como telemóveis, carros, camisas e malas de marca, produtos de higiene pessoal…tudo o que achem que os falecidos poderão precisar “lá em cima”…
O mais engraçado desta festividade, é passear pelos bairros e ver-se por todo o lado incenso a queimar, papéis coloridos e grandes mesas cheias de comida…mais uma experiência :)
Isto são artigos a "imitar" os reais, feitos em papel. Nada mau, não? ;)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Dia Nacional de Singapura
Todos os países celebram o SEU dia nacional, mas enquanto que a maior parte "celebra" o facto de não ter de trabalhar, em Singapura a realidade não é exactamente a mesma… O Governo realmente tira partido deste dia para mostrar à sua população, a riqueza e a prosperidade do país e os Singaporenses (tirando alguns que realmente aproveitam para gozar o feriado) fazem questão de celebrar tão importante dia para a Nação.
Algumas semanas antes do dia 9 de Agosto (Dia Nacional de SGP), os habitantes colocam a bandeira de SGP nos parapeitos das janelas, fazendo lembrar o que aconteceu no nosso Euro 2004 em Portugal.
Além do mais, é possível encontrar várias festividades nos bairros residenciais que incluem, além de templos chineses improvisados, peças de teatro, concertos com artistas populares, dança com tigres e banquetes oferecidos pelas câmaras municipais às pessoas mais idosas.
No dia 9, há uma cerimónia em que 26,500 pessoas assistiram. As pessoas inscrevem-se e as inscrições são sorteadas. Quem tem sorte, consegue assistir de graça ao evento…senão, a outra hipótese é ver na Tv, no canal chinês, no canal indiano, malaico ou no canal internacional!
O slogan deste ano era “Live our dream, Fly our flag” e todos os anos é lançada uma música sobre Singapura, especialmente para o evento.
Durante a cerimónia canta-se o Hino, saúda-se o Presidente de SGP, as forças armadas marcham desfilando com seriedade e sincronismo e fazem-se acompanhar de todos os seus equipamentos terrestres de defesa, como tanques e jipes, plataformas móveis que se transformam em pontes e até não faltam os carros dos bombeiros…e os aviões que desmontram acrobacias no ar!
Finaliza-se com um longo fogo de artifício, altura mais ansiada pelo público.
É um grandessíssimo SHOW-OFF mas quem nos dera a nós ter o mesmo equipamento de protecção military e a alegria presente nas caras do público ao celebrar o seu país!
Há também muita dança e cantoria, mas sempre com temas relacionados com a nação, com a sua história e os seus sonhos para o futuro.
É um festejo de afirmação política mas que também incute sentimentos de segurança, confiança e sobretudo orgulho no país em que estas pessoas vivem.
Feliz 45.º aniversário Singapura! Que venham muitos mais e sempre a este ritmo alucinante de crescimento, culturalismo e segurança!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Reserva Natural de McRitchie
O parque tem alguns percursos para caminhadas, desde 3,2 Km até 4,8Km (e por aí acima, dependendo também de quantas voltas se quiser dar) e proporciona uma boa caminhada, com natureza constante, o som já familiar dos insectos da selva, macacos (obviamente), alguns insectos desproporcionados e segundo se diz, mais espécies de pássaros do que na região dos Estados Unidos.
Uma das coisas que nos despertava alguma curiosidade é um tão aclamado "Tree Top Walk" (literalmente Caminho sobre as Árvores) que não é nada mais nada menos do que uma "assustadora" ponte suspensa que nos permite elevar um pouco mais e ter uma boa vista sobre o parque. Pensámos logo que íamos encontrar uma ponte do género Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida, mas... estávamos em Singapura. Ou seja não é preciso dizer nada mais. A ponte era feita de cabos de aço, ainda que balance um pouco mais lá para o meio, mas deve estar bem preparada para um ataque terrorista por sinal, ehehe.
A caminhada tem muito poucos pontos de "abastecimento" (vimos apenas 1), além da sua entrada principal, por isso é preciso ir relativamente preparado. Os caminhos estão praticamente desenhados, por isso a coisa não é assim uma daquelas "aventuras malucas". Ainda assim, para Singapura, nada mau em termos de natureza selvagem. Uma das coisas expressamente proibida é dar comida aos macacos, por 2 razões: (1) Eles habituam-se e para a pŕoxima a probabilidade de atacarem ou rodearem pessoas é maior, por pensarem que estas trazem comida, e (2), porque dessa forma tornam-se também preguiçosos e chegam mesmo a esquecer-se de alguns dos seus instintos selvagens e a deixarem de ter tanta capacidade para procurar comida independentemente.
O local é um dos 4 reservatórios de água natural de Singapura, e por sinal o mais antigo. Mas como em quase tudo em Singapura, este foi concebido pelo homem, roubando à selva alguma da sua área para albergar a tão indispensável água potável. Ficou concluído em 1868 e foi expandido em 1891. Ficam aqui algumas imagens da caminhada.
Universal Studios Singapura
Entramos neste mundo de fantasia, logo com uma rua estilo Nova Iorque à entrada e com uma música da banda sonora de filme ! Personagens, cor, animação não faltava!
Uma vez que se entre na ilha todos os transportes sao grátis e uma vez que se entre no parque tematico, todas as atracções também são à borla. Por isso em vez de nos perdermos indecisos a qual atraccao ir, a solução é simples!: Vamos a todas! Ehehehe.
Quase todas as atracções estavam abertas à excepção de por exemplo a maior montanha russa do parque, a da série Battle Star Galactica, de 14 andares de altura, e com 2 carris de montanha russa que percorrem caminhos diferentes e se cruzam a 90Km/h em alguns pontos simulando quase um choque, e loops e descidas vertiginosas. Estava fechada por “razões técnicas”...uiii.
Outra atracção fechada (o parque foi inaugurado este ano mas só estará 100% activo em 2011) mas com um aspecto fantástico era um cargueiro gigante do “Madagáscar” que estava feito de forma a simular um abalroamento por porto adentro da cidade, com o cenário muito bem feito. Ainda assim, fizemos quase tudo e pomos aqui a nossa lista, já agora com (porque não, já que deu para fazer quase tudo), uma nota de júri de 1 a 5 (máximo):
- Jurassic Park – (Nota 2,5): Foi logo a primeira área em que entrámos de manhã para escapar a multidão, mas não fomos à atracção principal porque a certo ponto iamos molhar-nos. Já estava a chover mas dispensamos roupa interior ensopada. Então ficámo-nos por uma mini-montanha russa. Nada mau para aquecer de manhã, mas foi um percurso pequeno. Não vimos dinossauros a não ser duas estátuas. Os vivos deviam estar na atracção que estava fechada, devia ser a hora da paparoca :p.
- Templo Egípcio – (5): A seguir, para “acalmar” fomos a um edifício gigante, que parecia um antigo templo egípcio. Entrámos e quando descobrimos estávamos afinal a caminho de uma montanha-russa de alta velocidade, dentro do edifício!! Depois de percorrermos vários corredores, e de uma crianca à nossa frente ter desistido e de termos-lhe feito caretas a dizer “medricas, medricas, medricas!”… (piadinha), entrámos num carro que mais parecia uma estrutura de aço anti-choque! Começou tudo muito devagarinho com umas animações de múmias espectaculares e efeitos de computador muito bons, até que… Apagaram-se as luzes e o carro disparou… Só nos lembramos de ir para cima, para baixo, para os lados, o estômago a querer saltar da boca para fora, uns flashes de luz e pronto. 2 Minutos bastou para sairmos quase ofegantes, e ver as nossas caras nas fotos que tinham sido tiradas pelo caminho. Escusado será dizer que quando o corpo mais parece que se vai virar do avesso, as caras que se fazem são do mais hilariante que se pode esperar. Não pusemos aqui nenhuma foto para não causar a risada nacional. Mas meus amigos, à falta da montanha russa do Battlestar Galactica, esta dá para pôr o coração aos saltos!
- Cidade de Nova Iorque – (Nota 4): No próprio parque há uma rua com becos que mais parece Nova Iorque. Com os prédios típicos de bairros como o de Brooklin, mas misturados com teatros Broadway, entradas de cinema e parlamento, táxis amarelos antigos e os típicos restaurantes da altura do Rock and Roll. Muito bom. Aproveitámos para ver um musical típico da Broadway protagonizado por actores caucasianos, que faziam de personagens fantásticas como o Frankenstein, o Fantasma da Ópera, o Lobisomem, Conde Drácula, etc… Não foi nada de especial, mas merecia mais palmas do que as patrocinadas pelo apático público Singaporense, que só acordou quando uma das personagens (o Drácula, com o seu estilo galã) protagonizou uma música chinesa. Mas o melhor foi mesmo a visita a um estúdio de efeitos especiais. Vimos um filme introdutório onde o Steven Spielberg explicava que iriamos entrar num cenário que simula ao vivo um Furacão categoria 5! Foi janelas a partir, objectos a caírem e barcos a entrarem armazém adentro. Este gravámos! Vejam o video!
- Water World – (Nota 4): Lembram-se deste filme protagonizado pelo Kevin Costner em 1995, aquele inesquecivel em que há muita água e ele fez aquelas cenas espectaculares? Se não se lembram, não interessa, nós também não!, mas podem relembrar ou ver pela primeira vez aqui com um cenário mega-gigantesco do filme, onde duplos profissionais simulam uma cena baseada no filme ao vivo! Vale a pena aver, com grandes efeitos especiais, explosões, tiros inclusive um avião a entrar fortaleza adentro! Preparem-se para ser molhados se estiverem na primeira fila!
- Palácio do Shreck – (Nota 4,5): Nós nem simpatizamos muito com o ogre, mas o castelo da terra “Muito, Muito Longe!” estava muito bem feito, muito realista, dentro de um bairro típico medieval também a condizer, aliás como quase todo o parque onde os cenários são de facto das coisas mais impressionantes, neste caso com o Gato das Botas como estrela principal. Vimos um filme de animação de 15 minutos a 4D (3D, muito bem aproveitados + uns efeitos especiais muito bons das cadeiras de cinema, que mandavam um esguicho de água assim que uma das personagens por exemplo espirrasse), que valeu mais do que muitos a 3D que ja vimos por aí. Fomos também a outra montanha-russa, também nada comparada com a que estava fechada, mas ainda deu para fazer metade da digestão em 2 minutos.
- Madagáscar – (Nota 2,5): Com a atracção principal do tema fechada, restou-nos um simples carrocel de Madagáscar para putos! Não deu para sair de lá zonzo mas à saída tirámos uma foto com aquele rei maluco do filme que está sempre contente.
Total – (Nota 4,5): No geral, o dia cumpriu as expectativas, as atracções foram boas, tempo de espera, mínimo. Esperamos 15 minutos apenas numa atracção, tudo o resto foi bastante rápido, algumas sem tempo de espera de todo (mas também andámos contra a maré, fomos da última atracção para a primeira – experiência da Inês :) ). Nas ruas haviam algumas personagens, ainda deu para apertar os calos ao Frankenstein e para tirar uma foto muito gira com o Panda do Kung Fu. Almoçámos num restaurante com Cadillac’s à saída com muito estilo e hamburgueres ainda melhores, para “não” acalmar o estômago, aos saltos das “pequenas” montanhas-russas. Se a atracção principal (Battlestar Galactica) estivesse aberta não sei sinceramente se teríamos naquele momento a coragem de ir. Já as montanhas russas a que fomos davam para pôr o estômago aos saltos, com aquela acreditamos que o estômago viesse mesmo cá para fora, ja que é colossal. Todo o ambiente à volta da cidade da Universal Studios é giro. Vale bem o dinheiro do bilhete que se paga (uns 35-40 Euros).
Obrigada pelo presente. :)
terça-feira, 6 de julho de 2010
Mercado imobiliário de Singapura
Singapura tem poucos recursos naturais, sendo assim um grande importador. Mesmo apesar de conseguir exportar alguma maquinaria e aparelhos electrónicos, precisa de atrair grande investimento estrangeiro para suplantar a sua economia. Daí que se foque constantemente em construir infraestruturas para atrair investimento, empresas e trabalhadores estrangeiros qualificados para o país. Apesar de investir fortemente em infraestruturas comerciais e de lazer, uma grande parte deste investimento vai também para o alojamento.
Há dois tipos de habitações claramente distintos que predominam no país: os condomínios e os HDBs.
Os condomínios estão destinados obviamente à camada mais abastada de Singapura. São muito menos que os HDBs (mas muito mais do que existem na maior parte dos países Europeus), e são, luxuosos, bonitos e arquitectonicamente interessantes. As casas têm bons acabamentos e o condomínio em si tem todas as facilidades que geralmente esperamos encontrar num hotel: piscina, campos de ténis, ginásio, salão de festas, cafézinhos e lavandaria, parques de estacionamento, seguranças,etc.
É geralmente a opção eleita pelos expatriados que cá vivem, porque encontrar este tipo de condições noutros países não é muito comum, pelo menos na quantidade que se encontra em Singapura.
(No Brasil também há muitos condomínios também, mas em Singapura as rendas são um pouco mais acessíveis e têm mais infrastructuras adjacentes.)
Existem condomínios um pouco por toda a parte, desde os arredores, até ao centro da cidade.
Aqui há mesmo arranha-céus no centro financeiro, que por fora parecem-se com um comum edifício empresarial, mas por dentro são igualmente um luxo, alguns com jardins, e courts de ténis e piscinas algures no seu 10 andar ou mais. Se querem ter uma ideia do supra-sumo em termos de complex de alojamento combinado com hotel, casino e centro de lazer, basta irem ao site do Marina Bay Sands, o complexo mais luxuoso de Singapura e um dos maiores do mundo, com as suas impressionantes torres trigémeas e o Sky Park, um parque da extensão da torre Eifell no topo dos 3 edifícios: http://www.marinabaysands.com/.
É óbvio que há condomínios para todos os gostos, mas existe outra opção. Os HDBs.
O que são os HDBs? Literalmente traduzido: Conselho de Alojamento e Desenvolvimento (Housing and Development Board). “Seria” o equivalente aos “bairros sociais” de Singapura.
Mas antes que tirem conclusões precipitadas sobre se este tipo de bairros sao iguais aos que tipicamente se vêm por outros lados do mundo, é necessário introduzir aqui um pouco da história dos mesmos:
Singapura ao tornar-se independente da Malásia, enfrentou um enorme problema social…não tinha casas suficientes para instalar a sua população e erradicar os bairros de lata. O alojamento em Singapura era geralmente bastante caro e inacessível à camada mais populosa do país. Daí que este projecto tenha sido criado – Housing and Development Board – cujo primeiro objectivo foi construir casas a um custo mínimo e incentivar a população a trocar a sua “barraca” por um apartamento a um custo mínimo mensal e criando apoios para a compra dos apartamentos. O governo subsidiava em grande parte as construções e o custo das casas era mais reduzido.
Actualmente, 80% da população singaporense vive em HDBs.
Desde do aeroporto até praticamente ao centro da cidade se vêm HDBs. Sao inconfundíveis devido à sua diferença arquitectónica. Parecem grandes blocos, pintados em cores vivas mas suaves, com números gigantes. Sim, números gigantes, leram bem. Aqui as casas sao numeradas a letras grandes, nunca percebemos bem porquê, mas assim também ninguem se perde… Tal como os Condomínios, existem vários tipos de HDBs. Uns mais bonitos que outros. Há HDBs que se parecem praticamente com condomínios, (os chamados Executive HDBs).
Como o território é reduzido, os HDBs são bastante altos, entre pelos menos 20 a 40 andares (ja vimos de 50) em média e as casas têm entre 2 a 5 quartos para optimizar o espaço e a acolher o maior número de pessoas possível. Mas nao fiquem com a ideia que as pessoas vivem todas apertadas por cá. Justamente por causa da organização superior deste governo, há espaço para prédios e para infraestruturas adjacentes, como por exemplo parques infantis para as crianças, espaços verdes, espaços com banquinhos para o convívio entre moradores, parques de estacionamento, e muito comércio local (que aqui sobrevive com sucesso apesar da existência de muitos shoppings!), parques de estacionamentos e também estádios e piscinas municipais.
De forma a garantir que não se criavam segregações, os HDBs estão espalhados por toda a cidade misturados com condomínios.
Além do mais, cada HDB tem uma quota para inquilinos de diferentes nacionalidades/religiões de forma a garantir a convivência e a interacção entre singaporenses com diferentes backgrounds.
Cada bairro de HDBs costumam ter 20 ou 30 blocos (prédios) e todos são da mesma altura e cores. Os diferentes conjuntos variam em cores e altura (mas pouco) e por isso apesar de não ser tudo igual, não há grandes disparidades paisagísticas o que achamos maravilhoso!
Quem nos dera a nós (portugueses) ter bairros de HDBs nos arredores de Lisboa… sim porque mesmo num HDB (equivalente ao bairro social em Portugal) a qualidade de vida é superior ao da maior parte dos bairros portugueses de classe média, devido as infraestruturas que são construídas desde raíz. O que não falta são jardins, e o planeamento urbano é uma prioridade por cá.
Nós vivemos num HDB, porque é mais barato que um condomínio. O mesmo apartamento custa pelo menos 1000 dólares mais por mês num condomínio (aprox. 600 euros), e daí para cima….
Em muitos casos, as casas nos HDBs têm uma área maior do que nos condomínios. Isto porque até à chegada de estrangeiros (Europeus, Americanos) não havia procura de apartamentos mais pequenos, para uma ou duas pessoas. Só haviam apartamentos para famílias e daí geralmente serem de uma área superior.
O nosso HDB é invulgar (no bom sentido) porque é conjunto de blocos de apenas 3 andares e de tijolo, dando um look meio que “britânico” e dando ao bairro um visual único, acolhedor e mais rústico. :)
Fotos estão para breve…
Fotos de HDBs:
Fotos de condomínios: | |
sábado, 12 de junho de 2010
Salada de frutas asiática!
Um regalo aos olhos pela oferta imensa de cores vivas e pelos cheiros doces e frescos, combinados geralmente com a amabilidade dos vendedores sempre dispostos a dar-nos a experimentar um novo sabor.
Hoje vamos dar-vos a conhecer algumas destas iguarias…
Considerado o Rei dos frutos – Durian
Um dos frutos mais famosos e característicos do sudoeste asiático, sobretudo pelo seu tamanho (grande) e pelo seu odor único e que faz com que a maior parte dos turistas nem se atreva a experimentá-lo!
Tem um odor tão forte que não é preciso estar perto da frutaria para saber que nos iremos cruzar com ele no caminho e o cheiro não sendo prazeroso, remete a odores como vómito, ou aqui entre nós, um “peidinho mal cheiroso”!
Devido ao cheiro, este foi banido de hóteis e não é possível entrar em transportes públicos acompanhados de durian, porque é impossível passar despercebido!
Mas os locais adoram-no (o cheiro também!) e por isso é daqueles frutos que se adora ou se detesta.
Este fruto tropical (que pára de crescer caso a temperatura baixe os 22ºC) tem uma casca verde duríssima e cheia de picos e o recheio (comestível) é suave, amarelo e o sabor tem alguma parecença com queijo.
Nós já experimentamos e gostamos! Tem um paladar único e diferente do que estamos habituados, porque não é tão doce e a textura é tipo uma pasta, mas é definitivamente uma experiência!
É também muito comum encontrar em pastelarias bolos com recheio de durian ou snacks.
E dada a sua importância na cultura, até a Esplanade (edificio arquitectónico muito interessante onde decorrem os melhores espetáculos de Singa) tem uma forma que lembra um Durian e por isso é muito comum ser chamada pelos locais de “The Durian”.
Chamada a Rainha das Frutas – Mangosteen
É assim denominada porque esta fruta, ao contrário do Durian, provoca sensações refrescantes e por isso deve ser comida após a ingestão de um Durian para equilibrar o organismo.
É uma fruta super saborosa, docinha e realmente refrescante.
Por fora é escura, mas as paredes interiores são cor-de-rosa choque e o conteúdo parece tal e qual um formato de alho, sendo cada goma similar a um dente de alho mas com um sabor em nada comum!
Aprovadissíma!
A fruta “mais cabeluda” – Rambutan
Rabutan em Malaico, Filipino e Indonésio significa literalmente Cabeludo e devido à forma da fruta que realmente parece ter cabelos, é lhe dado este nome.
A sua aparência faz com que seja das frutas mais peculiares para nós.
Ao se retirar a pele, encontra-se um fruto branco ,em forma de ovo, de alguma forma parecido a uma líchia e com sabor similar a uva.
Como é vendido aos molhos, torna-se viciante, como se estivéssemos a comer amendoins!
A maior fruta do mundo – JackFruit
Uma única fruta pode chegar a atingir 1 metro de comprimento e 50cm de diâmetro e 36 kilos!
E não é que o nome tem influências portuguesas?!
A fruta tem diferentes nomes dependendo do país, mas o nome em inglês é derivado do termo Chakka (no dialecto indiano Malayalam), sendo este derivado da palavra portuguesa “Jaca”.
Este nome é usado por Garcia de Orta no seu livro de 1563 “Colóquios dos simples e drogas da India”.
É também uma fruta muito comum no Brasil e que se chama…Jaca, claro.
A parte exterior é similar ao Durian mas maior e a parte que se come é amarela, com um sabor entre ananás e banana, muitoooo doce.
A fruta do cacto – Dragon Fruit
Apesar de originária da América Latina tem uma presença muito forte na Ásia e encontra-se em qualquer frutaria a preços acessíveis.
A árvore desta fruta é um cacto, e a fruta em si é cor-de-rosa choque por fora e por dentro pode ser cor-de-rosa choque também ou então branca.
Faz lembrar um kiwi por dentro por também tem sementes pretas.
É uma fruta fresca, baixa em calorias, com um sabor suave.
É uma fruta bonita e única pelo seu aspecto e nome intrigante!
Há tantas mais frutas…talvez num próximo post daremo-vos a conhecer mais algumas!
Mas fiquem aqui para finalizar com uma foto da senhora Banana que ontem descobrimos e claro…não resistimos a comprar e experimentar!
Era saborosa, mas não muito prática de se comer…