quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Malásia 2º Impacto - Chegada à Ilha Langkawi

Ora cá estávamos nós, em pleno início de Fevereiro, com o Ano Novo chinês à porta, e com uma viagem low-cost para a Malásia marcada. Depois de muito termos ponderado sobre o que ver e o que fazer, decidimos que não queríamos andar de um lado para o outro com a mochila as costas (depois da escalada de Gunung Ledang) estávamos era a precisar de umas férias de papo para o ar (visto que temos trabalhado arduamente =PPPP). Já nos tinham falado sobre as famosas ilhas paradisíacas da Malásia, e depois de reunir testemunhos de várias pessoas decidimos experimentar ir para uma ilha. Desafio:
  • As ilhas mais paradisíacas (situadas na parte leste da Malásia peninsular) nesta altura estavam fechadas devido ao mau tempo.
  • Restavam-nos 2 de maior interesse: Penang e Langkawi.

Penang tem uma capital grande "GeorgeTown" e sinceramente, apesar de ter algumas poucas praias, seria como ir a Kuala Lumpur. Dizem que a cidade é super-animadíssima mas... queríamos era um tempo calminho. Então decidimos ir a Langkawi, que se diz ser a melhor ilha da parte oeste da Malásia. Já tínhamos viagem de avião para Kuala Lumpur, só nos restaria marcar outra para Langkawi (uma verdadeira pechincha, o equivalente ao preços dos autocarros expresso em Portugal - para quê ir de carro e depois barco?).

Sem termos preparado tudo ao pormenor, a viagem à ilha revelou-se deslumbrante. Fomos por 5 dias, sempre com muito para descobrir, tempo para relaxar e com uma temperatura magnífica.

Vamos enviar mais posts sobre esta viagem. Este primeiro é para retratar a chegada à ilha e o primeiro dia, onde basicamente "planeámos" como bons "tugas" o que fazer (em vez de planearmos antes). Sem problema. Assim que chegámos à ilha os taxistas metem logo conversas, mostram o itinerário das "tours" que podes fazer na ilha, deixam o seu contacto. Volta e meia, mais tarde pegas outro táxi (baratíssimo) e o outro mete-te a mesma conversa. Comparámos preços. Fomos a várias agências turísticas também ver preços. E no fim decidimos o que fazer:

  • Dia 1 (dia da chegada), planeámos a nossa visita à ilha e fomos ao "night market", mercado local à noite onde se vende de tudo e se pode experimentar as iguarias típicas. Já escrevemos mais sobre isto neste post.
  • Dia 2 : Mangrove Tour! Um must! Toda a gente nos falava disto. Visitámos e adorámos, o próximo post é sobre esta tour.
  • Dia 3: Snorkeling numa das pequenas ilhas à volta de Langkawi, também iremos fazer outro post.
  • Dia 4: Andámos à nossa vontade indo visitar sítios específicos que ainda nos faltavam. Kuah, a capital, o teleférico (vale bem a pena) e outros.
Estadia
Arranjar estadia na ilha é bastante fácil. Hoje, pela internet facilmente se tem acesso aos sítios onde ficar, desde o mais baratucho, até aos resorts mais baratos e finalizando com os resorts mais luxuosos. Encontrámos de tudo. Desde quartos a 3€ por dia até quase 200€! Optámos por reservar um resort "normal" bem acessível, que revelou ser ainda melhor do que esperávamos. O Aseania Resort. Fica bem em conta, vê-se que já foi um sítio com os seus tempos áureos, mas neste momento a precisar de umas remodelações. Nada que nos chateasse muito:

Cascata improvisada na piscina gigante na parte de trás do hotel.











Outro ponto de vista da piscina, nesta zona podia-se relaxar e tomar umas bebidas...













Além da piscina brutal, tinhamos a famosa praia tropical mesmo ao lado :)













Mas além do relaxe na piscina e praia, o que não faltam são sítios para fazer massagens a menos de 8€, reflexologia, e algumas coisas estranhas pelo caminho. Experimentámos "Fish Spa". Estes peixes pequenos estão num aquário, ao pôr-se lá os pés (primeiro passam-se por água para não virem directos da rua claro) os peixes vêm e alimentam-se de bocados de pele secos (não pensem que não têm). A sensação é estranha ao início, fazem bastantes cócegas, deu para começar a manhã a rir, ehehe...





Night Market
Logo no primeiro dia, e para não perder o ritmo, fomos visitar um mercado nocturno "Night Market". Todas as noites há um, numa parte diferente da ilha, pegámos num táxi que nos deixou por lá a explorar...

podem-se encontrar especialmente iguarias da gastronomia malaia a um preço simbólico, além de roupa, sapatos, sumos naturais e um pouco de tudo...












Vários tipos de comida feita na hora, em alguns casos por dose não se paga mais do que 30 cêntimos de Euro...












Fruta saborosa e a um preço muito barato, como a papaia, a manga, o ananás e outras frutas típicas, mangostim, durian, dragon-fruit...











Sumos naturais a 20 cêntimos de euro. Laranja, Manga, Melancia, Milho, Lichia, etc...












Todo o género de fritos, peixe, frango, camarões, caranguejo, etc, preços podiam variar de 20 cêntimos 3 peças a 60 cêntimos por peça...











Material de "marcas conceituadas" :p













É roupa, é malas a preço da chuva, para quem não se chateia com a "candonga" isto é o paraíso (mesmo assim nesta ilha ainda é mais caro do que em Kuala Lumpur)...










Ficámos fãs!! Não seria a última vez que iríamos pôr os pés num mercado nocturno na ilha. Abastámo-nos de mantimentos e levámos para o hotel, ehehehehe...


Dicas e curiosidades:
  • Movimentar-se de transporte pela ilha só é possível de 2 formas: Ou de táxi ou alugando uma mota ou carro. O preço do táxi está tabulado em cerca de 5€ por hora, ou então cobrado à distância. Bem acessível, mas para quem preferir alugar mota, pode ficar a 6€ por dia! Andar de bicicleta, nem pensar, a ilha é considerávelmente grande! Táxi a partir das 10h30 da noite já começa a escassear!!!
  • A ilha é seguríssima, pode-se inclusive andar de noite por zonas não muito movimentadas, as pessoas são muito simpáticas e falam inglês muito bem, porque na Malásia, algumas das disciplinas são dadas completamente em inglês, nomeadamente Matemática e Ciências.
  • É uma ilha free duty ou seja, não se paga imposto. Daí que mesmo sendo uma ilha turística, a cerveja se possa comprar a 40 cêntimos de Euro na loja, no bar à beira mar a 1 Euro! Muito menos do que em Kuala Lumpur, onde pode chegar à vontade aos 2 Euros para cima! Para trazer coisas para Malásia continental é preciso ter em atenção aos limites, porque senão pode-se pagar taxa à entrada.
  • À noite é importante pôr repelente, porque os mosquitos atacam a sério!
  • Pantai Cenang e Pantai Tengah são as zonas de maior interesse em termos de estadia para quem quer estar perto da praia, alojamento acessível, ao pé de restaurantes e bares, comércio local e animação. Toda esta zona se pode perfeitamente fazer a caminhar.
  • A ilha tem o maior aquário da Malásia. Para nós não nos despertou interesse, já que temos um em Portugal melhor. Este não proporciona mais diversidade, no entanto eles fartam-se de fazer publicidade ;)
  • Kuah é a capital, a 20Km de distância, perfeitamente acessível por táxi a 5€, uma cidade mais movimentada, sem praia. As melhores praias da ilha estão a norte.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Gunung Ledang– Peripécia na fronteira

"...a senhora responsável por me conceder um novo papel, verificou 3 vezes no sistema os dados do meu passaporte e cada vez que não encontrava nada, vinha ter comigo e dizia “no system”...”can’t find”...ora bem, eu não sabia como ajudar e o tempo passava..."


Tivémos a sorte de conhecer uma egípcia num dos primeiros eventos sociais a que fomos mal chegámos a Singapura.
Ela estava a organizar um fim-de-semana de montanhismo a uma montanha na Malásia (Gunung Ledang, 1276 metros) e convidou-nos a participarmos...claro que nem pestanejámos!
Eramos um grupo de 14 pessoas de 6 ou 7 nacionalidades e demorámos cerca de 45min de carro a chegar à fronteira entre SGP e Malásia...imaginem a dimensão desta ilha!

Quando chegamos à fronteira temos que todos sair do Bus e passar nos serviços alfandegários e logo aí começa a aventura, porque era suposto eu (Nêz) ter um papel comigo além do passaporte...
Como não o tinha, fui conduzida até uma salinha para “pessoas com situações irregulares”...
Nestas coisas e apesar de saber de antemão que a falta do papel não era importante, há sempre aquela sensação de medo porque eles fazem questão de ter cada um uma cara mais birrenta que o outro e nem sempre nos entendemos... mesmo que em inglês...!
Passando a explicar...a senhora responsável por me conceder um novo papel, verificou 3 vezes no sistema os dados do meu passaporte e cada vez que não encontrava nada, vinha ter comigo e dizia “no system”...”can’t find”...ora bem, eu não sabia como ajudar e o tempo passava...
Até que vi uns polícias a olharem para o meu passaporte...eh laaa...aí achei estranho!
Lá veio outra senhora com o meu passaporte na mão... sentou-se à minha frente, abriu o passaporte na primeira página (para quem não sabe a 1ra página tem um desenho do nosso querido Luis de Camões), apontou para o desenho e perguntou “qual o significado deste desenho?” com um ar bem sério...
Depois daquele tempo de espera, de ver o meu passaporte passear de mãos em mãos... confesso que tive que respirar fundo para não desatar a rir e responder com a mesma seriedade que me havia sido colocada a questão!
Lá lhe expliquei a história desta figura portuguesa e aproveitando a oportunidade de divulgar a nossa cultura, mostrei-lhe também a imagem dos heterónimos de Fernando Pessoa que estão na contra capa do Passaporte.
Nessa altura já tinha uns 5 indivíduos de volta de mim, a ouvir a minha explicação; tinham de ver a cara deles de estupefacção e admiração quando lhe expliquei que o Pessoa tinha a capacidade de escrever personalizando diferentes perfis de individuos.
E foi assim! Com a minha explicação, parece que tudo ficou claro quanto ao meu passaporte e depois de me despedir de todos, lá vim contente e descansada ter com o resto do grupo para prosseguirmos viagem.


Chegando à montanha de Gunung Ledang, iniciámos a nossa caminhada.
Tivemos de levar tudo connosco, tendas e mantimentos porque no topo só nos esperava um espacinho no chão para montarmos arraial!

Mas com o calor que se fazia sentir, a humidade da floresta, a falta de um caminho definido (literalmente caminhávamos agarrando-nos a troncos e tentando encontrar lugares apropriados para colocar os pés), apercebemo-nos que o belo do passeio, além de belo ia ser um belo desafio também!
Mas não há dúvida que é uma experiência muito enriquecedora, (além de se perder uns quilinhos, logo repostos pelas noodles e pãorico transportado ás costas...ora bolas!) porque a vegetação é extremamente diferente e é possível ver diferentes espécies de árvores, fungos, ouvir pássaros e insectos que cantarolam sons incomuns e é também um teste à resistência física.
Demorámos 5horas a subir embrenhados em floresta pura, percorrremos 1200 metros mas quando chegámos e vimos a paisagem...NOSSA...soube mesmo bem!





Depois foi hora de montar as tendas e cozinhar umas noodles com vegetais (aqui ninguém passa fome, se não tiverem dinheiro para comer, vão até ao supermercado e por 1 euro compram 5 doses de massa já com temperos!)

Para finalizar e para quem for valente o suficiente para "testemunhar" esta subida connosco, fica aqui um vídeo da subida a Gunung Ledang!





Thank you Yasmine for this trip! ;))

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Visita à ilha Ubin de Singapura!

O que tem o queijo de Castelo Branco a ver com o terminal de barcos Singapura-Ilha Ubin?

Desta vez resolvemos fazer um post diferente. Não só pelas imagens, mas também porque a 82ª. Gala dos Óscares está aí a chegar - E queríamos ainda ser nomeados para a categoria de "Filme Independente mais mal-cheiroso". Aqui está a nossa estreia. Espero que gostem :) Ponham na melhor qualidade, 480p e em ecrã completo para perceberem melhor!

This video is also in English!!! Set it to best quality, 480p and full screen to get the details!